segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Eu sou rio


Sobre as pedras do caminho
Eu sou rio
Sozinho…

Quando o silêncio amordaça
Eu só rio…
- Que graça!

Se o amor vem para ferir
Eu sorrio
Sem fugir.

Eu sou rio
Só rio
Sorrio
Rio eternamente.

Quem me dera!

Quando te vejo
Deixo de ver outra jasmim
Deixo de ver a praia
Deixo de pensar que sim
Que meu porto é qualquer saia…

Quando te vejo…
Quando te vejo
Sinto a poesia naufragar em mim
Vejo o teu olhar ser uma estrela
Vejo que o meu jardim é apenas capim
Vejo que sou gago e falo em chinês, Manuela.

Ah! Quem me dera navegar em ti, remar
Embarcar vitorioso no teu vasto coração
Colher os fonemas da tua língua, rimar
Sentir o calor da amizade na minha mão!

sábado, 22 de outubro de 2016

Doce borboleta,
Galeria dos meus sonhos:
...meu coração completa.

Imagem: Google.

terça-feira, 4 de outubro de 2016


Diferença

Há dias que rebelde nasço:
Enquanto ouço o canto do universo
Eu choro no recanto do meu berço…
Se acaso sucede o inverso
Do sucedido Eu vice-verso;
Venço os meus soluços e renasço
Feito uma flor semeando versos
Nos destroços do mar da insensatez.

Octaviano Joba

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Sem atalho

Assusto o silêncio que me é imposto
 ... posto após posto posto em holocausto...
de custos e medo existo assim composto
 como um suposto rosto em riste e exausto

de vagar p'las ruas como se mendigo,
de contar as luas, os sóis ao relento...
eu quero é amor, este lindo abrigo,
esta linda casa; humano sentimento…

…ajusto a tristeza num riso vasto
gasto o amor em cada flor que degusto (...)
arbusto firme sou pássaro casto
 no nefasto sol padrasto e injusto...

 S'a moda muda, conservo o conteúdo,
 me desligo num sono profundo
enquanto renasço anjo, anjo miúdo
indo e vindo no lindo findo mundo...

 Octaviano Joba

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

PAISAGENS
Octaviano Joba

Onde havia montes de riqueza 
Hoje vejo vales de tristeza
Rio de lágrimas,
Manto de lástimas