Por quê me olhas assim tão perturbada
Com esse ar que inspira vilania?
Por quê abraças tão forte a agonia,
Se sorriste,- enquanto chorei-, pela palmada?!
Por quê me deseja, desditosa, o desdém
E quer que eu vá p'ra lá, p'ra o Inferno?
Por quê é que, desse amor que era eterno,
Quer que eu morra, vá p'ra o Quente Além?!
Por quê o ódio, tamanha judiação?
Por quê esse bloco de rancor no seu ventre?
Veja o lado bom da vida...se concentre!
Talvez brilhe p'ra si uma nova paixão...
Por quê andas triste, de tropeço em tropeço,
Rogando a Deus de segundo em segundo?
Por quê destruiste tão cedo o seu mundo
E hoje pagas em prestações o triste preço?
Por quê esse riso adolescente tornado pranto
Escraviza o seu peito de mulher que és?
Vejo um lago de lágrimas em seus pés
Enquanto ensaio um Salmo, um canto...
Se acaso passo por ti, finges que não me vês
E eu engulo a seco esse amargo desprezo
Mas, todos os dias, em silêncio, eu rezo
Que um dia descubras as respostas dos "porquês".
Octaviano Joba
Lindo poema, parabéns poeta amigo!😘😍🥰🌹🍀
ResponderEliminarGrato pela leitura e felicitação! Saudações!
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